quinta-feira, 12 de setembro de 2013

ROCK IN RIO - Tudo sobre os 28 anos do maior festival musical do mundo



O Rock in Rio é o maior festival de música do mundo, e se tornou dono de uma história de destaque no cenário musical, com 12 edições realizadas, e mais de 6 milhões de pessoas reunidas e um dos mais contundentes em presença digital. Nascido no Rio de Janeiro, conquistou o Brasil e lugares além. Muito mais que um evento musical, se tornou completo e abrangente ao abordar temas como sustentabilidade e responsabilidade socioambiental. E assumiu o compromisso de conscientizar as pessoas que, com pequenas atitudes no dia a dia, podendo fazer do mundo um lugar melhor. Já são 29 anos de história, onde passou por 3 países e tendo um número de 12 festivais marcando a história da música mundial. Uma grande jornada que você, se não conhece, vai saber de tudo a partir de agora.



1985 - NASCE O PRIMEIRO GRANDE FESTIVAL DO BRASIL
O ano era 1985 e o Brasil passava por grandes transformações. Após longo período sob uma ditadura militar, o país começava a dar os primeiros passos rumo à democracia. Nesse cenário, pela primeira vez um país da América do Sul, que vivia tempos semelhantes, sediaria um evento musical desse tipo.
"Já temos nosso Woodstock"

E ele não nasceu pequeno; o primeiro Rock in Rio aconteceu na cidade que o batiza, o Rio de Janeiro, no bairro de Jacarepaguá. Junto com a Cidade do Rock, uma área de 250 mil metros quadrados construída especialmente para o festival e que seria doada ao município como uma área multifuncional para eventos.
Nela estiveram nomes como AC/DC, Iron Maiden, Ozzy Osbourne, Queen e os brasileiros Gilberto Gil, Paralamas do Sucesso e Barão Vermelho.
Ao todo, 28 bandas, nacionais e internacionais conduziram as páginas da história para uma nova realidade: o Brasil tem seu grande festival musical.

1991 -  ROCK IN RIO BRASIL II
O maior estádio do mundo foi o lugar escolhido para a segunda edição do Rock in Rio. Entrou em campo uma massa de 700 mil pessoas ávidas por grandes nomes da música e uma seleção única de artistas que colocou essa galera para pular durante 9 dias de festival.
"Temos o melhor futebol e o melhor festival de musica do mundo"

O palco do Maracanã recebeu grandes grupos musicais do calibre de Faith No More, Guns N’ Roses, Megadeth, INXS, Run DMC, Joe Cocker e Carlos Santana, além de talentos nacionais como Sepultura, Engenheiros do Hawaii e TitãsComo contam edições de revistas do tempo, mais uma vez o sucesso do festival deixava sua marca na cidade e na história da música e no Livro dos Recordes Records com os noruegueses do A-HA, que tocaram para 198 mil pessoas, recorde de público pagante em um único evento musical até então.
DE VOLTA À CIDADE DO ROCK
Quase 10 anos após sua última edição, o Rock in Rio oficializou seu retorno ao mesmo local que havia recebido sua primeira edição. Uma nova Cidade do Rock foi erguida em Jacarepaguá, com capacidade diária para 250 mil pessoas.
"Voltando ao antigo-novo lar"

Essa edição trouxe uma série de novidades. Sob a premissa Por um Mundo Melhor, a música passou a dividir espaço com discussões sobre questões socioambientais, com foco na educação e na cidadania. A abertura do festival foi marcada pelo maior movimento de comunicação jamais realizado, que silenciou mais de 3500 emissoras de rádio e TV do Brasil e uniu 90 milhões de pessoas por um mundo melhor.
O festival também bateu mais um recorde de público: foram 1.235.000 pessoas em 7 dias de festa com 128 artistas. O line-up marcou o retorno de headliners das duas edições passadas, como Iron Maiden e Guns N’Roses, e ainda trouxe Foo Fighters, REM, Neil Young, Queens of The Stone Age, Red Hot Chili Peppers, Oasis e inúmeros outros nomes de peso.
 novas terras
Depois de se tornar referência mundial com edições em sua terra natal, era a vez da Europa conhecer o festival que transformou o conceito de shows no Brasil.
"Colonizando quem nos colonizou"

A edição portuguesa seguiu a trilha percorrida pelo Rock in Rio de 2001, que utiliza sua força como festival de entretenimento em torno da responsabilidade social e ações que busquem um mundo melhor.
Essa força ganhou o reforço de um line-up como nomes como Metallica, Paul McCartney e Foo Fighters, Kings of Leon e Incubus, além de artistas brasileiros e portugueses. Cerca de 80 países acompanharam os shows transmitidos. Agora o maior festival de música do mundo ganhava a Europa com sua primeira edição no velho continente.
CASA NOVA
O sucesso da edição anterior abriu as portas para que Portugal sediasse novas edições do festival. O Rock in Rio se estabelece definitivamente em Lisboa e passa oficialmente a ser realizado a cada 2 anos.
"A cada dois anos uma nova edição lusitana"
Em sua quinta edição, o festival volta ao parque que acolheu a versão passada com uma granja de artistas que passeiam por diversos estilos e gerações. Estavam lá Guns N’ Roses, Jamiroquai, Kasabian, Roger Waters, Santana, Shakira, Sting, além de artistas com forte identidade com a música eletrônica, como David Guetta, Groove Armada e Carl Cox. Jota Quest, Marcelo D2, Pitty e Ivete Sangalo representaram o Brasil em terras lusitanas. Seguindo a tradição de inovar em luz e estrutura, um destaque foi design de algumas áreas, com tecnologia e estruturas impressionantes. Dando continuidade ao seu trabalho social, o festival arrecadou 553 mil euros que foram distribuídos entre instituições parceiras.
Mais uma vez, o Rock in Rio continuou sua expansão pela península Ibérica, e depois de ter alcançado terras portuguesas, foi a hora de visitarmos o berço da navegação, o país com a língua mais falada em todo o planeta, desembarcamos na Espanha, e Madri foi tomada como a nova casa pelo mais famoso festival musical até então.
"Jam Sessions e Afins"
Mais uma vez, Lisboa recebeu o Rock in Rio de braços abertos. E a exemplo da edição anterior, investiu pesado em design e em novos conceitos. Entre as novidades, surge a união entre música e moda, com desfiles de diferentes marcas e criadores.

Seguindo a trilha da inovação, foi nessa edição que surgiu a proposta de promover encontros inusitados, jam sessions e experimentações entre artistas de estilos diferentes.
Foram 5 dias de festival e, pela primeira vez na Europa, tivemos noites com ingressos esgotados. Bon Jovi, Joss Stone, Linkin Park, Metallica, Offspring e Kaiser Chiefs foram alguns dos artistas que passaram pela 3ª edição "portuga".
O festival estreou em terras espanholas com uma Cidade do Rock especialmente construída para o evento em Arganda Del Rey, a poucos minutos do centro de Madri.

A proposta de trazer novos conceitos e discutir problemas socioambientais continua como tema central e uma quantidade significativa de fundos foi investida em iniciativas para a sustentabilidade.
Entre os artistas escalados, estavam Franz Ferdinand, Amy Winehouse, Bob Dylan, Jack Johnson, Lenny Kravitz, Neil Young e Shakira. Agora o festival não era uma exclusividade de Portugal no "velho continente".
E novamente em seu "eurotrip", o festival bianual tradicional retorna, e assim como aconteceu em Lisboa, o Rock in Rio também se estabeleceu em Madri como um festival realizado a cada 2 anos.
"Diversão. musica e seriedade"
Na quarta passagem do Rock in Rio por solo português, o festival armou um verdadeiro parque de diversões da música. Estavam lá as marcas registradas: a diversidade musical em um forte elenco (com Elton John, Rammstein, John Mayer, Snow Patrol, Motörhead e Megadeth, por exemplo), infraestrutura impecável, desfiles de moda e o meio ambiente conduzindo a pauta sustentável do festival, que nessa edição incluiu as mudanças climáticas no debate. Até um hotel foi instalado na Cidade do Rock.
"Economizando o banho de casa"
A segunda edição espanhola trouxe a proposta de juntar a família, com shows para todos os públicos. O line-up trouxe artistas do cardápio dos mais jovens, como Miley Cyrus, e bandas históricas como Rage Against The Machine e Jane´s Addiction, além de um time forte da música eletrônica. Outra novidade ficou por conta de uma “fonte inteligente”, especialmente criada para o evento. Nela, a água dançava ao som da música e transformou o corredor central em uma das principais atrações do festival.

VOLTAndo pra casa
Uma década após sua última edição brasileira, o Rock in Rio desembarca onde tudo começou. A expectativa era tamanha e a balburdia que antecedeu essa edição gerou tanta ansiedade que todos os ingressos se esgotaram em 4 dias, quebrando todos os recordes de público do festival, que levou ao Rio de Janeiro 350 mil turistas.
"Longe de casa, a mais de uma semana,
milhas e milhas distantes, do meu amor"

Esse fenômeno também foi refletido na internet. 180 milhões de pessoas foram impactadas pelas redes sociais do festival, que cravou um novo recorde de audiência no YouTube, se tornando o festival com maior plataforma digital. Sempre presente, o sentimento por dias melhores se materializou no tema Por Um Mundo Melhor, que deu tom às discussões sobre sustentabilidade e projetos sociais. Desfiles de moda e novas atrações, entre elas, um parque de diversões. A diversidade musical, outra marca história do festival, também esteve presente.Artistas solicitados pelo público como Guns N’ Roses e Red Hot Chilli Peppers, e grandes nomes do pop, como Katy Perry, Rihanna e Shakira. Sem falar nos shows avassaladores de Slipknot, Coldplay, Metallica e Sepultura, em um encontro inédito com o Tambours do Bronx. Uma obra prima, que, nos 7 dias do evento, registrou público de mais de 700 mil pessoas.

A casa portuguesa do festival parece ter se adaptado muito bem, tanto não para de crescer, mais de 350 mil pessoas celebraram a música em Lisboa e em Madrid a coisa não é diferente.
"Roda mundo"
Metallica, Linkin Park, Smashing Pumpkins, Lenny Kravitz, Stevie Wonder e Bruce Springsteen foram alguns dos nomes que conduziram essa festa, festa que ficou ainda mais completa com a estreia da Rock Street em Portugal, com as jam sessions do Palco Sunset e com o Palco Eletrônica encerrando os trabalhos em cada dia de evento. O Street Dance também foi outra novidade. Inspirado na Cultura de dança de rua, promoveu a disputa entre os melhores do estilo.
"Com'On! Up your hands Madrid"
Red Hot Chili Peppers, Lenny Kravitz, Incubus, Gogol Bordello foram alguns dos nomes que contagiaram Madrid, que também honrou a tradição festeira dos espanhóis com um time fortíssimo de artistas dedicados aos timbres eletrônicos, que foi o grande destaque as vasta programação do festival. De Luciano ao Deadmau5; de Carl Cox ao Swedish House Mafia, o clima de balada tomou conta do verão europeu em 12 horas diárias de música.

E agora, o que esperar do Rock In Rio 2013 ?

Caravanas sem fim de pessoas a este momento já estão no Rio de Janeiro, assim como os milhares que já dormem na fila esperando apenas o "simplório momento" do abrir dos portões na cidade do rock. Pra muitos o festival perdeu um pouco da sua essência, ou desvirtuou o nome justamente por fazer apologia de vários estilos musicais agregados. Você pode não achar muito por não poder estar presente naquele que é um dos maiores festivais musicais do planeta. Independentemente de qual for sua preferencia musical, desgostando ou adorando a atual programação do Rock In Rio, apedrejando ou venerando Roberto Medina, mas fato é, que os olhos a partir de amanha se direcionarão ao nosso país, e sejamos francos, a qualquer pessoa aqui será incapaz de deixar de conferir no minimo que seja uma atração via TV por assinatura, ou internet, ou presencialmente (para os que daqui já estiverem lá), seja como for, o Rock In Rio pode não ser mais "aquele Rock In Rio" como o de 1985, mas, mesmo assim, ainda será "o Rock In Rio", que ainda sim prega a sustentabilidade e medidas socioculturais que em tese favoreçam a maioria da população.


E você, já agendou os horários pra ver seu artista favorito nesses "7 dias de duas semanas" de festival ? Bem aqui vai estar um link com o horário de todas as apresentações e em todos os palcos pra você poder curtir tudo de bom que o festival tem a oferecer.

Confira a agenda do festival no G1:

Confira tudo sobre o festival que inicia amanha à partir das 14:00 hrs:

Mais informações:

Agradecimentos:







Por: ~MasterChief
(Entusiasta, fomentador cultural, ideologista, escritor, musico, compromissado com novas vertentes, prestigiando o festival desde sua origem via parabólicas, que tem orgulho de ter visto uma apresentação ao vivo do Queem com o Freedie Mercury mesmo que pela TV em 1985 e ainda se lembra da multidão cantando We Are The Champions)


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